E o burro sou eu?

Desde há uns meses que está provado que houve pagamentos de milhões de Euros para aprovar o Freeport.

O rabo já está tanto de fora que até aqui na terrinha tiveram que arranjar dois mexilhões arguidos de corrupção activa, ou seja de pagar os tais milhões.

Portanto o dinheiro foi pago. E o Freeport que tinha sido rejeitado duas vezes antes, foi aprovado no prazo mais curto dos últimos 15 anos.

Espera aí, e suspeitar de quem aprovou esse projecto é insultuoso??? E ninguém se atreve a investigar o homem?


O senhor começou por assinar projectos que não eram dele, para permitir técnicos da câmara aprovarem os seus próprios projectos.

Depois para justificar o titulo de engenheiro que já usava, tirou um curso com exames feitos por fax.

Entretanto fez a escritura da casa por metade do preço de compra. Isto nos tempos que ainda se pagava siza, claro está. E casas de centenas de milhares de euros, pagavam muito, não era?

Mas não foi o único a ter lá grandes descontos. Outro homem honesto, o Vale e Azevedo teve um desconto igual. Só que esse não geria o dinheiro dos meus impostos.

E é pobrezinho o nosso primeiro ministro. De acordo com a declaração de rendimentos não tem contas a prazo, não tem PPRs, não tem acções, não tem nada.

A mãe é que ficou rica. Até comprou a pronto uma "casinha" por cima da dele.

Invisíveis


eles são os sem tecto, os sem nome, os sem voz
não são ninguém

quando têm fome ninguém liga
quando choram ninguém está lá
nem quando morrem é noticia de jornal

não existem porque não existem para ninguém
são os excluídos, os ignorados

de vez em quando, esta violência emerge
só então são visíveis
só assim são noticia de jornal

O terrorismo é uma coisa lixada

Em 2005 quatro homens entraram num comboio do metro de londres e mataram Jean Charles de Menezes, um electricista brasileiro, com sete tiros na cabeça. À queima roupa e à frente de todos os passageiros do metro.


Esses homens são policias, e hoje o tribunal decidiu que nenhum será julgado. Nem foram sujeitos a nenhum processo disciplinar. Enganaram-se, é normal.

A falta de memória é uma coisa lixada

Na assembleia da republica o Dias Loureiro diz que nunca ouviu falar do Excellence Assets Fund.

Ontem o Expresso publicou o contrato de encerramento desse fundo, assinado por ele. Agora diz que tem falhas de memória.

Estes lapsos são normais. Só é pena que por causa delas o estado (nós) tenhamos que pagar 1,8 mil milhões de euros.

É como o sócrates, também se tinha esquecido da reunião com o pessoal do freeport e dos 4 milhões de euros que a empresa estava disposta a pagar para aprovar o projecto. A memória é uma coisa tão fraquinha...

A confiança é uma coisa bonita

Os Magistrados queixam-se de pressões nos casos mediáticos e de serem intimidados pelo SIS.

O Governo manda averiguar. Uns senhores de gravata reúnem-se com o SIS e perguntam "Vocês andam a seguir magistrados?". Eles dizem: Não. Pronto está investigado. À saída os senhores de gravata dizem que não há motivos para duvidar da sua palavra.

Isto não é uma anedota! Passou-se assim tal e qual, esta semana. O Banco de Portugal também acreditou no BPN. E porquê? Porque é bonito acreditar-se nas pessoas, em vez de as prender.

Está bem que desviaram 1,8 mil milhões de euros. Mas isso não quer dizer que mintam. Têm é lapsos de memória.

É claro que tudo isto é natural

O director do Sol (ex-director do Expresso) diz que recebeu um telefonema de um membro do PS, próximo do José Sócrates.
Se não publicassem nada sobre o Freeport, os problemas financeiros do Sol ficariam resolvidos nesse fim de semana, se continuassem a publicar estrangulariam financeiramente o jornal. Não me espanta que isto possa acontecer.

O bom senso diria que o Director Sol deveria ser preso por mentir ou o governo deveria ser destituido por atentados graves contra a liberdade de imprensa. Nem uma coisa nem outra aconteceu.

Não me espanta que ninguém se indigne com isto. E que ninguém ligue. Já nada me espanta. É claro que tudo isto é normal e natural.


Sabem o que me chateia? No fim de semana fartei-me de andar por estradas novas que foram feitas com uma única faixa. As outras faixas? Foram gastas em carros, prédios e mulheres para os senhores das canetas douradas.

Isso não me espanta, mas chateia-me. E muito.

Fácil de entender

Os 55 dias que levou para aprovar o Freeport foi o prazo mais curto dos últimos 14 anos. Ninguém desmentiu isto. Depois vem o senhor sócrates dizer que não houve pressa nenhuma e que demorou o tempo normal.

É fácil de entender quem fala verdade.


Neste processo já há um condenado. O inspector da judiciária que começou a investigação foi julgado e condenado por conspiração contra o primeiro ministro.

É fácil de entender porque é que o caso ficou parado nestes 4 últimos anos.

Emoções fortes

Ontem, 3 jovens italianos regaram com gasolina um sem-abrigo que dormia num banco e pegaram-lhe fogo. Alegam que foi só por diversão, queriam experimentar emoções fortes.

É urgente repetir o referendo sobre o aborto

Porquê?