A história do João Ratão, perdão João Pedroso

O João Pedroso foi professor universitário entre 2005 e 2007, numa escola pública. Ou seja pago por todos nós.

Durante esse tempo estava no regime de exclusividade, dedica-se em exclusivo à escola e ganha 100% do salário em vez de 70%.

Nessa altura, pede licença com vencimento para tirar um doutoramento, não dá aulas mas continua a receber o salário por inteiro. Até aqui tudo normal.

Começam então as piadas. O Ministério de Educação, adjudica a titulo pessoal, um trabalho a este seu empregado, remuneração: 300 mil euros.

Não sei se o estado poderia pura e simplesmente requisitá-lo para fazer esse trabalho. Recebe salário do estado é para trabalhar para o estado, não?

O que sei é que se está a trabalhar por conta própria não pode receber salário a 100% do estado!
Quando a Faculdade o questionou sobre estar a acumular remunerações, o João Pedroso alegou que não estava a cometer nenhuma ilegalidade. E pronto, o assunto ficou por ali. Pasme-se!

Mas a coisa fica ainda melhor. O Dr. Pedroso apesar de estar a receber salário de professor sem dar aulas, e de receber 300 mil euros para fazer o tal estudo, também não fez o estudo. E quando a coisa se soube, pensam que devolveu o dinheiro? Não. Vai devolver cerca de metade... às prestações.

É claro que isto tudo se compreende muito melhor, sabendo-se que o Dr.Pedroso é irmão do Paulo Pedroso, deputado e figura grande do PS. Não fosse a desgraça dos miúdos e altos cargos já lhe estavam destinados.

Quero praticar o amor com o baptista bastos

Ou seja fodia-o todo. Foder é sexo, é bom. Mas foder é também lixar outro. Decidam-se!

Diz o Sr. Bastos: 'Andamos todos ressabiados. A noticia da prisão daquele, banqueiro ou vizinho, lança no nosso intimo uma alegria obscena. Que nos aconteceu? Quem nos roubou a humanidade?'

Sr. Bastos, olhe:

Nunca hei-de ter vizinhos banqueiros.

Não tenho alegria por ver um vizinho preso.

Teria alegria por ver um banqueiro preso se isso acontecesse. Porque esse banqueiro mantém-me preso, a mim e milhões de outros, todos os dias.

Sr. Bastos, sentir-me-ia desprovido de humanidade se tivesse prazer por ver preso o pobre ou o desgraçado. Não confunda as coisas. O nosso prazer é ver justiça feita, e ver preso aquele que às nossas custas vive rodeado de luxos.

Mais uma coisa Sr. Bastos, não tenho memória curta. E lembro-me bem que quando se falou que a CML alugava casas ao preço da uva mijona aos amigos, o senhor era um deles.

Sr. Bastos, o senhor não seria o primeiro a lamber o rabo aos poderosos, só por ter casa em zonas nobres de Lisboa por poucas dezenas de euros, e eventualmente outras benesses.

Quer que lhe diga mais? Sempre o achei presunçoso. E hoje depois de ler isto, acho-o um vendido.

Tudo legal, meu

Aprovar um projecto à pressa, com uma urgência muito maior do que os outros, não é ilegal.

Haver um tio de um ministro que faz intermediação entre os promotores e o ministro, não é crime.

Ter-se descoberto que os promotores pagaram 4 milhões de comissões para conseguir a aprovação do projecto, não é crime a menos que se prove que foi a familia do ministro a receber o dinheiro. Foi para esconder estas coisas que inventaram as offshores.

O vídeo em que se ouve que os 4 milhões são o pagamento que o ministro pediu para aprovar o projecto, não é aceite como prova.




O que resta? Que é tudo legal. A vida continua. Amanhã pode ser que o Benfica ganhe.

Sobre o Cimento

Os jornais, ou pelo menos alguns, falam sobre a falta de água, luz, medicamentos e comida em Gaza.

Isto dito assim parece mau. Mas só teremos um pequena ideia do que é se da próxima vez que tivermos uma infecção não pudermos tomar antibióticos. Ou se tivermos uma dor de dentes e não houver analgésicos.


Mas o que realmente ajuda a ter uma dimensão verdadeira do que lá se passa, é nos pormenores. Por exemplo, desde meados de 2007 que Israel não permite que entre cimento em Gaza. Não são armas, rádios ou ferro. Cimento! Desde há 2 anos que não se pode construir uma casa ou reparar uma parede. São 5 milhões de pessoas, metade de Portugal. E há pessoas como nós, que têm aspirações a casar, a ter filhos e que esses filhos tenham um tecto.

O José Manuel Pureza tem razão quando diz que isto não é uma guerra. É um castigo.

Já este cerco durava há muito e o Hamas, os tais terroristas, tiveram um gesto que eu não teria. Decretaram um cessar fogo unilateral. Pediam que este cerco terminasse. Passados seis meses em que todo o mundo ignorou esta morte diária, atiraram uns rockets de dentro de Gaza sitiada. Escândalo internacional. Hamas terrorista. Hamas agressor.

Sabem o que me choca aqui?



Não é a postura "eu sou o chefe e tu o subordinado". Isso é realidade.

O que me choca é que a cadeira não tem nada a ver com a secretária. Quem decorou esta coisa?

Encontre as 7 diferenças


Israel após bombardeamento do Hamas



Gaza após bombardeamento de Israel

O que é pior?

Bombardear um prédio de escritórios ou um hospital?

A resposta certa é: um prédio de escritórios.

Hoje uns senhores bombardearam um hospital, uma agência da ONU de ajuda humanitária e um centro de imprensa. Depois foram para casa jantar. Ninguém ligou nenhuma.

Em 2002 outros senhores atiraram-se contra uns prédios de escritórios e o mundo mudou. A retaliação justificou duas guerras, torturas, assassinatos e a reeleição do mais estúpido presidente de todos os tempos.

Cuspir contra o vento

Cuspir contra o vento é das coisa mais estúpidas que se pode fazer, porque só serve para se levar com o cuspo na cara.

A ideia é esta. Posts completamente inconsequentes, que consistem em passar a porcaria acumulada dentro do organismo para o desconforto e sujidade exterior.