o último jornal

eu que não sou um homem de fé, perdi a fé nos homens, perdi a fé em mim.

não suporto mais nada. não compro mais jornais. não quero saber do mundo, das pessoas ou das tartarugas. chega. a vida não foi feita para se viver assim.

vou fazer como toda a gente. não quero saber. não quero saber que me fodam. não quero saber se morra à fome. não quero saber do cobertor que vi no chão à porta da antiga fil. não quero saber que vivamos num mundo injusto governado por injustos à custa dos que não querem saber.

eu também não quero saber. de tudo o que não consigo suportar na minha vida, não quero mais isto.

Desisti. não quero saber. não quero saber do espoliado, do sofredor. desde que não seja eu. quero ser igual aos outros. a partir de hoje encolho os ombros e não quero mais saber. saber dói.

vou-me alienar no meio de coisas mais bonitas. faz sentido, só temos uma vida. As coisas negativas tornam-nos depressivos. é claro que quem acorda à noite com o choro do filho que tem fome, não tem escolha. mas que se foda ele também.

a partir de hoje sou egoísta. desisti. não sei o que fazer.


Dedicado a Boubacar Bah

Sem comentários

Cuspo

splash!

Neste circo quem são os palhaços?





Desliga-a!




Para pensar



É tão bom

O Quarteto fantástico mandou o Tony Blair inspeccionar a destruição em Gaza. Boa escolha. Um gajo conhecido por nunca mentir nem aldrabar relatórios para servir os seus interesses. Aqueles relatórios sobre o Saddam e as armas nucleares, biológicas e a Al Qaeda, foram um pequeno engano que pode acontecer a qualquer um.

Está em Gaza escoltado pelo Hamas, mas não se vai encontrar com nenhum dirigente por causa do boicote que está imposto ao Hamas até que renuncie à violência. Sim porque os gajos do Hamas são uns terroristas que merecem ser castigados.

Os Israelitas são recebidos em todo o lado, porque já renunciaram à violência. Em Gaza que tem 40 por 10 quilómetros, mataram este ano 1400 pessoas e destruiram 14000 casas. Mas foi com beijinhos, não foi com violência.

Entretanto o Banco Mundial, conhecido antro de radicais de esquerda, pediu que seja autorizada a entrada em Gaza de materiais básicos como cimento, aço e vidro.

Os Israelitas que não deixam os palestinianos ter acesso a essas coisas desde 2007, não ligaram nenhuma. Então tiveram um trabalhão a partir as janelas todas com os bombardeamentos, e era só o que faltava que agora as fossem tapar.

Se os bébés tiverem que rapar fio à noite, quando forem grandes já não se constipam por causa desses pequenos pormenores como não ter tecto. Quem é amiguinho quem é?

iiii!!!!!!!!!!!!!!!!

NO JN: O enviado especial começou sua visita...onde o Exército Israelense colocou abaixo dezenas de casas.

Aquela treta do acordo já cá chegou?!?? Socorro!!

E o burro sou eu?

Desde há uns meses que está provado que houve pagamentos de milhões de Euros para aprovar o Freeport.

O rabo já está tanto de fora que até aqui na terrinha tiveram que arranjar dois mexilhões arguidos de corrupção activa, ou seja de pagar os tais milhões.

Portanto o dinheiro foi pago. E o Freeport que tinha sido rejeitado duas vezes antes, foi aprovado no prazo mais curto dos últimos 15 anos.

Espera aí, e suspeitar de quem aprovou esse projecto é insultuoso??? E ninguém se atreve a investigar o homem?


O senhor começou por assinar projectos que não eram dele, para permitir técnicos da câmara aprovarem os seus próprios projectos.

Depois para justificar o titulo de engenheiro que já usava, tirou um curso com exames feitos por fax.

Entretanto fez a escritura da casa por metade do preço de compra. Isto nos tempos que ainda se pagava siza, claro está. E casas de centenas de milhares de euros, pagavam muito, não era?

Mas não foi o único a ter lá grandes descontos. Outro homem honesto, o Vale e Azevedo teve um desconto igual. Só que esse não geria o dinheiro dos meus impostos.

E é pobrezinho o nosso primeiro ministro. De acordo com a declaração de rendimentos não tem contas a prazo, não tem PPRs, não tem acções, não tem nada.

A mãe é que ficou rica. Até comprou a pronto uma "casinha" por cima da dele.

Invisíveis


eles são os sem tecto, os sem nome, os sem voz
não são ninguém

quando têm fome ninguém liga
quando choram ninguém está lá
nem quando morrem é noticia de jornal

não existem porque não existem para ninguém
são os excluídos, os ignorados

de vez em quando, esta violência emerge
só então são visíveis
só assim são noticia de jornal

O terrorismo é uma coisa lixada

Em 2005 quatro homens entraram num comboio do metro de londres e mataram Jean Charles de Menezes, um electricista brasileiro, com sete tiros na cabeça. À queima roupa e à frente de todos os passageiros do metro.


Esses homens são policias, e hoje o tribunal decidiu que nenhum será julgado. Nem foram sujeitos a nenhum processo disciplinar. Enganaram-se, é normal.

A falta de memória é uma coisa lixada

Na assembleia da republica o Dias Loureiro diz que nunca ouviu falar do Excellence Assets Fund.

Ontem o Expresso publicou o contrato de encerramento desse fundo, assinado por ele. Agora diz que tem falhas de memória.

Estes lapsos são normais. Só é pena que por causa delas o estado (nós) tenhamos que pagar 1,8 mil milhões de euros.

É como o sócrates, também se tinha esquecido da reunião com o pessoal do freeport e dos 4 milhões de euros que a empresa estava disposta a pagar para aprovar o projecto. A memória é uma coisa tão fraquinha...

A confiança é uma coisa bonita

Os Magistrados queixam-se de pressões nos casos mediáticos e de serem intimidados pelo SIS.

O Governo manda averiguar. Uns senhores de gravata reúnem-se com o SIS e perguntam "Vocês andam a seguir magistrados?". Eles dizem: Não. Pronto está investigado. À saída os senhores de gravata dizem que não há motivos para duvidar da sua palavra.

Isto não é uma anedota! Passou-se assim tal e qual, esta semana. O Banco de Portugal também acreditou no BPN. E porquê? Porque é bonito acreditar-se nas pessoas, em vez de as prender.

Está bem que desviaram 1,8 mil milhões de euros. Mas isso não quer dizer que mintam. Têm é lapsos de memória.

É claro que tudo isto é natural

O director do Sol (ex-director do Expresso) diz que recebeu um telefonema de um membro do PS, próximo do José Sócrates.
Se não publicassem nada sobre o Freeport, os problemas financeiros do Sol ficariam resolvidos nesse fim de semana, se continuassem a publicar estrangulariam financeiramente o jornal. Não me espanta que isto possa acontecer.

O bom senso diria que o Director Sol deveria ser preso por mentir ou o governo deveria ser destituido por atentados graves contra a liberdade de imprensa. Nem uma coisa nem outra aconteceu.

Não me espanta que ninguém se indigne com isto. E que ninguém ligue. Já nada me espanta. É claro que tudo isto é normal e natural.


Sabem o que me chateia? No fim de semana fartei-me de andar por estradas novas que foram feitas com uma única faixa. As outras faixas? Foram gastas em carros, prédios e mulheres para os senhores das canetas douradas.

Isso não me espanta, mas chateia-me. E muito.

Fácil de entender

Os 55 dias que levou para aprovar o Freeport foi o prazo mais curto dos últimos 14 anos. Ninguém desmentiu isto. Depois vem o senhor sócrates dizer que não houve pressa nenhuma e que demorou o tempo normal.

É fácil de entender quem fala verdade.


Neste processo já há um condenado. O inspector da judiciária que começou a investigação foi julgado e condenado por conspiração contra o primeiro ministro.

É fácil de entender porque é que o caso ficou parado nestes 4 últimos anos.

Emoções fortes

Ontem, 3 jovens italianos regaram com gasolina um sem-abrigo que dormia num banco e pegaram-lhe fogo. Alegam que foi só por diversão, queriam experimentar emoções fortes.

É urgente repetir o referendo sobre o aborto

Porquê?

A história do João Ratão, perdão João Pedroso

O João Pedroso foi professor universitário entre 2005 e 2007, numa escola pública. Ou seja pago por todos nós.

Durante esse tempo estava no regime de exclusividade, dedica-se em exclusivo à escola e ganha 100% do salário em vez de 70%.

Nessa altura, pede licença com vencimento para tirar um doutoramento, não dá aulas mas continua a receber o salário por inteiro. Até aqui tudo normal.

Começam então as piadas. O Ministério de Educação, adjudica a titulo pessoal, um trabalho a este seu empregado, remuneração: 300 mil euros.

Não sei se o estado poderia pura e simplesmente requisitá-lo para fazer esse trabalho. Recebe salário do estado é para trabalhar para o estado, não?

O que sei é que se está a trabalhar por conta própria não pode receber salário a 100% do estado!
Quando a Faculdade o questionou sobre estar a acumular remunerações, o João Pedroso alegou que não estava a cometer nenhuma ilegalidade. E pronto, o assunto ficou por ali. Pasme-se!

Mas a coisa fica ainda melhor. O Dr. Pedroso apesar de estar a receber salário de professor sem dar aulas, e de receber 300 mil euros para fazer o tal estudo, também não fez o estudo. E quando a coisa se soube, pensam que devolveu o dinheiro? Não. Vai devolver cerca de metade... às prestações.

É claro que isto tudo se compreende muito melhor, sabendo-se que o Dr.Pedroso é irmão do Paulo Pedroso, deputado e figura grande do PS. Não fosse a desgraça dos miúdos e altos cargos já lhe estavam destinados.

Quero praticar o amor com o baptista bastos

Ou seja fodia-o todo. Foder é sexo, é bom. Mas foder é também lixar outro. Decidam-se!

Diz o Sr. Bastos: 'Andamos todos ressabiados. A noticia da prisão daquele, banqueiro ou vizinho, lança no nosso intimo uma alegria obscena. Que nos aconteceu? Quem nos roubou a humanidade?'

Sr. Bastos, olhe:

Nunca hei-de ter vizinhos banqueiros.

Não tenho alegria por ver um vizinho preso.

Teria alegria por ver um banqueiro preso se isso acontecesse. Porque esse banqueiro mantém-me preso, a mim e milhões de outros, todos os dias.

Sr. Bastos, sentir-me-ia desprovido de humanidade se tivesse prazer por ver preso o pobre ou o desgraçado. Não confunda as coisas. O nosso prazer é ver justiça feita, e ver preso aquele que às nossas custas vive rodeado de luxos.

Mais uma coisa Sr. Bastos, não tenho memória curta. E lembro-me bem que quando se falou que a CML alugava casas ao preço da uva mijona aos amigos, o senhor era um deles.

Sr. Bastos, o senhor não seria o primeiro a lamber o rabo aos poderosos, só por ter casa em zonas nobres de Lisboa por poucas dezenas de euros, e eventualmente outras benesses.

Quer que lhe diga mais? Sempre o achei presunçoso. E hoje depois de ler isto, acho-o um vendido.

Tudo legal, meu

Aprovar um projecto à pressa, com uma urgência muito maior do que os outros, não é ilegal.

Haver um tio de um ministro que faz intermediação entre os promotores e o ministro, não é crime.

Ter-se descoberto que os promotores pagaram 4 milhões de comissões para conseguir a aprovação do projecto, não é crime a menos que se prove que foi a familia do ministro a receber o dinheiro. Foi para esconder estas coisas que inventaram as offshores.

O vídeo em que se ouve que os 4 milhões são o pagamento que o ministro pediu para aprovar o projecto, não é aceite como prova.




O que resta? Que é tudo legal. A vida continua. Amanhã pode ser que o Benfica ganhe.

Sobre o Cimento

Os jornais, ou pelo menos alguns, falam sobre a falta de água, luz, medicamentos e comida em Gaza.

Isto dito assim parece mau. Mas só teremos um pequena ideia do que é se da próxima vez que tivermos uma infecção não pudermos tomar antibióticos. Ou se tivermos uma dor de dentes e não houver analgésicos.


Mas o que realmente ajuda a ter uma dimensão verdadeira do que lá se passa, é nos pormenores. Por exemplo, desde meados de 2007 que Israel não permite que entre cimento em Gaza. Não são armas, rádios ou ferro. Cimento! Desde há 2 anos que não se pode construir uma casa ou reparar uma parede. São 5 milhões de pessoas, metade de Portugal. E há pessoas como nós, que têm aspirações a casar, a ter filhos e que esses filhos tenham um tecto.

O José Manuel Pureza tem razão quando diz que isto não é uma guerra. É um castigo.

Já este cerco durava há muito e o Hamas, os tais terroristas, tiveram um gesto que eu não teria. Decretaram um cessar fogo unilateral. Pediam que este cerco terminasse. Passados seis meses em que todo o mundo ignorou esta morte diária, atiraram uns rockets de dentro de Gaza sitiada. Escândalo internacional. Hamas terrorista. Hamas agressor.

Sabem o que me choca aqui?



Não é a postura "eu sou o chefe e tu o subordinado". Isso é realidade.

O que me choca é que a cadeira não tem nada a ver com a secretária. Quem decorou esta coisa?

Encontre as 7 diferenças


Israel após bombardeamento do Hamas



Gaza após bombardeamento de Israel

O que é pior?

Bombardear um prédio de escritórios ou um hospital?

A resposta certa é: um prédio de escritórios.

Hoje uns senhores bombardearam um hospital, uma agência da ONU de ajuda humanitária e um centro de imprensa. Depois foram para casa jantar. Ninguém ligou nenhuma.

Em 2002 outros senhores atiraram-se contra uns prédios de escritórios e o mundo mudou. A retaliação justificou duas guerras, torturas, assassinatos e a reeleição do mais estúpido presidente de todos os tempos.

Cuspir contra o vento

Cuspir contra o vento é das coisa mais estúpidas que se pode fazer, porque só serve para se levar com o cuspo na cara.

A ideia é esta. Posts completamente inconsequentes, que consistem em passar a porcaria acumulada dentro do organismo para o desconforto e sujidade exterior.